quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A cura trás alívio, mas também responsabilidades!


Por Aléquison Gomes

Um homem com idade aproximada de 32 anos estava amuado em um lugar lamentando ter um problema em uma de suas pernas, isso o deixava meio manco. (Mas não o impedia de andar com facilidade)

É que ele tinha adquirido esse problema em sua adolescência e por isso ficava parado quase que na maior parte de seu tempo. Não fazia esforços, nem corridas, nem longas caminhadas e nenhum tipo de trabalho. Sua vida se resumia basicamente em depender da boa vontade dos outros para ajuda-lo sempre!

Solicitava ajuda para sair, andar, levantar e se alimentar. O problema é que nesse processo todo, alguma coisa mudou dentro desse cara: ele começou a achar o seu problema confortável; afinal de contas; acabava tendo que ser observado, cuidado, assistido e quase que não precisava fazer esforço nenhum. O cara acabou gostando do seu estado de inércia! É óbvio que tudo isso inconscientemente. Nem ele se tocava do que estava acontecendo.

Sua vida se resumia em um suspiro seguido de uma exclamação. Sempre que alguém o questionava, ele anunciava com pesar: quem dera se eu pudesse fazer alguma coisa! Só não faço, porque não posso!

Inutilmente pessoas chegavam para tentar incentivá-lo a buscar algum tipo de cura, procurar profissionais que pudessem avaliar sua situação, ou quem sabe consequentemente a solução para seu problema, mas ele não queria.

Recusava-se imediatamente. Sem que percebesse, estava se afeiçoando aquele estado de autocomiseração. Se ele fosse curado teria que conviver com o simples fato de que agora a responsabilidade era exclusivamente dele. Cessariam as justificativas e os pretextos antes usados para permanecer ali imóvel!

O problema é que tem gente que percebe que a cura trás alívio, mas também responsabilidades. Neste caso ele teria que se movimentar como as pessoas normais fazem na vida.

E isso por vezes pode gerar dor e desconforto.

Infelizmente, tem muita gente vivendo assim. (ainda que não tenham problemas físicos) adotando para si um modelo de vida baseado nas suas limitações, pois em muitos casos é isso que tem justificado a ausência de coragem para se locomover na vida.

Não é atoa que toda vez que Jesus ia curar alguém ele geralmente fazia uma pergunta que parecia ser uma pergunta óbvia, mas carregada de significados: você quer ser curado?

Ou seja, realmente você quer ser curado e assumir as responsabilidades que isso trás? Bom...

É um caso a ser pensado.

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