Por Aléquison Gomes
Um homem com idade aproximada de 32 anos estava amuado em um lugar lamentando ter um problema em uma de suas pernas, isso o deixava meio manco. (Mas não o impedia de andar com facilidade)
É que ele tinha adquirido esse problema em sua adolescência e por isso ficava parado quase que na maior parte de seu tempo. Não fazia esforços, nem corridas, nem longas caminhadas e nenhum tipo de trabalho. Sua vida se resumia basicamente em depender da boa vontade dos outros para ajuda-lo sempre!
Solicitava ajuda para sair, andar, levantar e se alimentar. O problema é que nesse processo todo, alguma coisa mudou dentro desse cara: ele começou a achar o seu problema confortável; afinal de contas; acabava tendo que ser observado, cuidado, assistido e quase que não precisava fazer esforço nenhum. O cara acabou gostando do seu estado de inércia! É óbvio que tudo isso inconscientemente. Nem ele se tocava do que estava acontecendo.
Sua vida se resumia em um suspiro seguido de uma exclamação. Sempre que alguém o questionava, ele anunciava com pesar: quem dera se eu pudesse fazer alguma coisa! Só não faço, porque não posso!
Inutilmente pessoas chegavam para tentar incentivá-lo a buscar algum tipo de cura, procurar profissionais que pudessem avaliar sua situação, ou quem sabe consequentemente a solução para seu problema, mas ele não queria.
Recusava-se imediatamente. Sem que percebesse, estava se afeiçoando aquele estado de autocomiseração. Se ele fosse curado teria que conviver com o simples fato de que agora a responsabilidade era exclusivamente dele. Cessariam as justificativas e os pretextos antes usados para permanecer ali imóvel!
O problema é que tem gente que percebe que a cura trás alívio, mas também responsabilidades. Neste caso ele teria que se movimentar como as pessoas normais fazem na vida.
E isso por vezes pode gerar dor e desconforto.
Infelizmente, tem muita gente vivendo assim. (ainda que não tenham problemas físicos) adotando para si um modelo de vida baseado nas suas limitações, pois em muitos casos é isso que tem justificado a ausência de coragem para se locomover na vida.
Não é atoa que toda vez que Jesus ia curar alguém ele geralmente fazia uma pergunta que parecia ser uma pergunta óbvia, mas carregada de significados: você quer ser curado?
Ou seja, realmente você quer ser curado e assumir as responsabilidades que isso trás? Bom...
É um caso a ser pensado.