sexta-feira, 17 de maio de 2013

Desabafo de um cara qualquer!

Por Aléquison Gomes

Ei você! Escute-me por alguns momentos. Serei breve! Não quero te levar a exaustão, nem fazê-lo perder muito tempo! Só queria mesmo dizer algumas palavras:

Sabe, cansei meu caro! E decidi há alguns dias mudar meu jeito de ser. Isso pode está me fazendo bem não sei! Aliás; “não sei” é apenas algo que posso dizer. O que sei é que já perdi muito tempo, com quem não queria saber. Acho que foi isso o estimulador de tamanho cansaço em minha voz que nesse momento se arrasta, enquanto me esforço para não olhar nos seus olhos e nem levantar minha cabeça...

Não, não estou culpando ninguém. Nem estou deprimido. O provocador de tudo sou eu mesmo, que corri por léguas atrás de ventos. A vida não me deve nada. Só estou fazendo de minha confissão um desabafo de agonia!

Acredite, acho que mudei de verdade. Saiba disso

Decidi não perder mais tempo tentando transformar o imutável. Seria tolice viver para modificar o curso natural de certas coisas que não se alteram, mesmo se as socássemos agressivamente em um pilão. 
E sinceramente, não tenho tal eficácia. Nem vocação pra ser um boxeador de narizes arrogantes!

Chega! Não seco mais minha garganta convencendo aqueles que estão confortavelmente estagnados em seus campos protegidos pelo bicho chamado EGO!
Há quem goste de lama e seria imprudência de minha parte, jogar o que é sagrado aos cães!
Ou desperdiçar pérolas enfeitando orelhas de porcos.

Há tempos percebi que lidamos com dois tipos de pessoas: Aquelas que ouvem, retém, aprendem e crescem. E outras que comem, vomitam e se satisfazem do prazer de se alimentar do próprio vômito. Quem gosta de lama, tende a andar sempre sujo e sujar-se mais! E particularmente, também não pretendo passar meus dias organizando chiqueiros existenciais

Cansei meu caro! Não gasto mais energias debatendo sobre teorias intermináveis; isso desgasta, irrita e não me tira do lugar! Minha garganta está seca, minha voz frágil, meu canto parece irreconhecível. Preciso de ar, de água...

De silêncio. 

Muita tolice de minha parte, contribuir com a chacina da “letra” que por si só mata e não arquiteta edifícios vagarosos na alma humana, que precisa mais do que palavras para alcançar a quietude desejada!

Desculpe-me. Mas, já deu! Agora, vou entregar o que resta de mim, aos surtados desse grande hospício das futilidades!

Deixe-me ir! Tem gente gemendo, talvez alguém precise de mim. Vou lá dizer aos injustiçados que não percam a esperança, pois os amantes da justiça nadarão nos rios da paz e serão eternamente saciados!

Vou ver se indico o Caminho aos sobrecarregado!

Sempre demoro a perceber; mas tem vida fora do meu casulo de jactâncias! E é pra que lá que estou indo!

Por hora é isso! Obrigado por ouvir o que tinha a dizer, isso é coisa rara nesse nosso tempo moderno movido á máquinas quase pensantes! Depois quem sabe a gente se encontra no “Caminho” e conto para você o que ando fazendo por ai!  Não se preocupe comigo. Não sou ninguém importante.

Não falam meu nome nos grandes eventos. Não procuro seguidores. Não faço espetáculos! Ando com gente que queira andar comigo. Sou pequeno, filhote de João das cruzes!

Sou um míope a mais no cosmo, apenas um cara qualquer, um peregrino, candidato a ser promovido pelo menos a servo inútil na caminhada, fazendo simplesmente aquilo que não passa de minha obrigação!

É isso!
Sem por menores.

Um velho, uma vida e uma quase possibilidade!



Por Aléquison Gomes

Um velho está parado na porta de sua casa, contemplando o entardecer tranqüilo e a rua quase sem movimento nenhum!

Ele espera silenciosamente até que o sol conclua seu ciclo natural, dando lugar aos primeiros avisos de chegada da noite que vem trazendo trevas quase que misturadas aos seus pensamentos nebulosos e perturbadores, esses, assíduos reatores de  sua cruel incapacidade de resistir a toda tristeza que o acompanha nos últimos anos! 

O velho está fatigado! É inteligente o suficiente para saber que sua hora de partida já está chegando.

Queria sair dali, fazer qualquer coisa, mas a idade contradiz severamente toda vontade que tem de viver. Aliás, a sagacidade do tempo, o fez entender que  já é tarde para fazer planos; passou a vida correndo atrás daquilo que outros  apontaram como as grandes fontes de alegrias quase que absurdas sem as quais ele não poderia viver.

Tudo bobagem!

Tudo fugaz!

Ao longo dos anos, foi incentivado a fazer o que não queria, para ser alguém!

Disseram-lhe que a verdadeira realização só se encontra quando se chega ao topo das  hierarquias sociais. 

Avisaram-lhe, que a segurança habita entre aqueles que acumulam tesouros terrenos ou que constroem para si monumentos corruptíveis.

 Que sensação horrível tem agora; atravessou a vida acreditando em tudo isso! 

Ignorou avisos do próprio corpo, rejeitou os bons e sinceros combates, pois aprendera que não é certo remar contra maré. Sempre quis seguir a insistência daquela Voz interior, mas parecia difícil demais encarar esse caminho de percurso abstruso, ou solitário, para simplesmente atender a um chamado que não tem nenhum significado para a sociedade. 

Por isso escolheu comprar guerras que não fossem suas. Optou pelo desconforto do coração. Preferiu a comodidade da estrada desenhada pela cultura esmagadora da massa!  E nesse quesito, definitivamente foi um vencedor, adquiriu para si tudo que qualquer homem deseja!

Mas  agora enquanto o dia vai embora ele nota que tudo isso passou rápido demais, e o que restou foi um corpo cansado e escravo de paixões que sugaram toda amabilidade do seu coração!

Para os outros. ele estava muito bem, pois ganhara o mundo todo. Isso é fato. Mas o que só ele sabia é que nessa batalha de ganhar o mundo, em alguma parte do plano perdeu a sua alma! 

E Agora lembra com pesar de jovens conhecidos da cidade, a pequena Capelinha das Graças. Há quanta graça! Esses pareciam animados: Falavam coisas como “não se amoldar aos padrões desse mundo escuro”   ou sobre certa transformação pela renovação da mente”   Algo que ele não tinha entendido ao certo, na verdade não tivera tempo para aprender sobre isso, estava ocupado demais cumprindo a agenda de vida que organizaram para ele.  

O velho nota que esses pensamentos estão o deixando ainda pior, então se esforça para mandá-los para longe de sua mente; mas é tarde demais. Está dominado por eles! O tempo passa por todos mais deixa sempre os seus benefícios ou malefícios, isso depende de como o aproveitamos! 

Nisso, ele não havia pensando antes. Então lentamente se encosta na calçada de sua casa, a pressão emocional e a tristeza  deixaram-no cansativo ao extremo,  ele tá confuso, não sabe ao certo o que está acontecendo, mas parece ouvir vozes, alguém diz algo como: “Louco, hoje pedirão a sua alma e para que servirão todos os seus bens? 

O que fizestes da sua vida miserável? 

Qual foi sua missão?" 

O velho da um salto, o medo aumenta, queria correr e pedir perdão, voltar atrás e  dar valor as boas causas da vida, mas já não pode. Seu corpo está fraco, alguém o carrega para dentro de sua casa.

Parece que a noite, está mais escura do que o normal, tenta ver além da escuridão, mas o inútil esforço o faz perceber que aos poucos está parando de respirar. 

Ele suspira pela última vez e entra para o descanso eterno!

Bem; alguém pode se interessar em saber quem é esse velho...

Talvez  a gente vá ao enterro dele ou leve flores, dê um adeus! Quem é eu não sei! Aliás, é apenas um personagem fictício inventado por mim. Agora quem ele pode ser?  Não é difícil saber não, basta entrar na máquina do tempo, alguns anos e aí está ele! Bem ai, lendo esse texto. Exatamente isso: esse velho pode ser você! 

E sinceramente? 

Isso se você for sortudo o bastante para chegar a velhice, pois o Eterno pode pedir a sua vida muito antes! Por isso entenda esse recado; e se você se identificar no meio disso tudo, não deixe ser tarde demais:  Aliste -se no exercito das causas invisíveis; assim quando o machado estiver posto na raiz de sua existência, você não poderá dizer que não valeu a pena. 

Por hora é isso!   Se quiser saber mais sobre coisas como essas aqui ditas, vêm comigo que no Caminho, te explico!
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