terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pediram-me para falar sobre os gays...



Aléquison Gomes


Pediram-me para escrever sobre homossexualidade para o jornal local. Não quero me estender muito, apenas dizer que o que penso é que se tratando da religião, ela nunca soube lidar com as questões ligadas a sexualidade em geral. 

Para esses temas, a religião sempre trouxe uma perspectiva de terror e ameaças. A história está cheia de exemplos de gente que sofreu na pele a dor, o desprezo e até a tortura por causas de sua orientação sexual. A impressão que se passa pela tradição religiosa é que Deus é inimigo de gay.

E por esperar isso dos religiosos, provavelmente alguns leitores imaginam que o que vou falar é previsível, já que geralmente quando um líder religioso pronuncia sobre esse tipo de assunto, ele é espantosamente rápido para arremessar uma coleção de versículos isolados da bíblia, na cara de quem quer que seja.  Condenam os caras ao inferno. E no final; o homossexual sai da conversa se sentindo um lixo humano, rejeitado por Deus e pelos homens. Em algumas igrejas eles até dizem que a pessoa em questão está com demônios; e tentam exorcizá-lo na marra.
Depois de um tempo fazem o cara, arrumar alguém do sexo oposto e casar-se para provar que mudou. O problema é que geralmente a pessoa casa e depois se frustra. Claro, que existem exceções, gente que casa e vive bem. Mas, o que estou tentando dizer é que arranjar outra pessoa e comprometê-la apenas para mostrar algo a algum tipo de grupo ou para uma sociedade, não é a coisa certa a fazer. Por isso que se alguém esperava encontrar nesse texto um teor provocativo ou qualquer espécie de veneno religioso contra qualquer ser humano; desculpe-me, mas não esperem isso de mim; definitivamente esse tipo de afronta não está incluído naquilo que acredito. 

 Não posso julgar aquilo que não vivo na pele. Não tenho tal poder para sondar o coração de um homossexual, muito menos sei o que se passa no cerne da sua existência. Quem sou eu, homem fatalmente caído para condenar alguém à morte eterna? O que falo sobre o assunto é que todas as pessoas em qualquer lugar ou situação; devem ser tratadas com igualdade. 

 Em casos assim, sempre devo agir como Jesus agiu. E te pergunto: Como agiu? Ou tratou a todos? Claro que com amor, graça, perdão e mãos estendidas. Não com dedos apontados. Por isso prefiro ficar longe dos debates intermináveis sobre essas questões; pois tenho certeza que debates assim, carregam na essência a potencialidade de ferir, muito mais do que de apresentar cura e consolo.  E ferir certamente não é um bom o papel para um Cristão.   Acho que sobre isso é tudo o que tenho a dizer, com todo temor e cuidado, pois estamos falando de gente, que tem sentimentos e merece respeito e não de cobaias humanos. É isso. Quem quiser saber mais vem comigo que no Caminho, explico!     

Aléquison Gomes

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